Criada nos anos 80 pelo pesquisador e psiquiatra Tcheco Stanislav Grof e sua esposa Christina, a Respiração Holotrópica é uma forma de terapia e autoexploração profunda, praticada em muitos países, como Brasil, Chile, EUA, Argentina, Canadá, Rússia, China, Índia, Espanha, Inglaterra, entre outros.

Considerada a técnica mais poderosa da psicologia transpessoal, permite o acesso seguro e sistemático aos estados não-ordinários de consciência.

Praticada em duplas dentre pequenos grupos, a Respiração Holotrópica proporciona vivências incríveis que podem incluir memórias perdidas da infância, resolução de traumas e melhora em diversos processos emocionais, bem como vivências ainda mais impressionantes de aspectos do inconsciente individual e coletivo, dimensões espirituais e aspectos mitológicos da natureza. Tudo isso apenas com hiperventilação e músicas evocativas.
Passamos a maior parte do tempo sem perceber que estamos respirando, e como estamos respirando. Respirar é um ato cotidiano automático, mas vital. Ocupados e entretidos nos processos da mente, mal nos damos conta da inteligência corporal, que cuida sozinha desse processo fantástico. Mas bastam alguns poucos segundos sem ar, e a importância do processo se torna instantaneamente óbvia.

Em contextos científicos, respirar é definido como o processo de inalar e exalar o ar, durante o qual ocorre a troca de moléculas gasosas entre o corpo e o meio ambiente – nós captamos mais oxigênio e exalamos mais gás carbônico por exemplo, enquanto plantas fazem o oposto.

Mas em contextos mais amplos, atribuímos à palavra respirar inúmeros outros significados, como de sentir alívio, de descansar, repousar ou de exprimir, manifestar e revelar: 'tudo aqui respira alegria'. O outro aspecto do mesmo processo é a falta de ar, que é associada a coisas ruins, ao desconforto, sufoco, pânico, desentendimento e morte.

Esta breve reflexão nos leva a um lampejo de uma realização profunda que é explorada sistematicamente por várias culturas há milênios, insights incorporados pelo casal Grof em sua técnica moderna de terapia. Desde as técnicas mais simples, praticadas por qualquer um em momentos de desalento – 'calma, respira!' – até outras mais sofisticadas, como os exercícios de pranayama da yoga e as várias técnicas respiratórias que formam um dos pilares centrais das práticas meditativas, a respiração pode ser uma chave para ampliar os estados de consciência. Ao focar na respiração, e voluntariamente modificá-la, aprofundando e acelerando, podemos exercer efeitos intensos em nossa psique.

Atenção na respiração foi uma das brilhantes sacadas de Grof, ainda nos anos 60. Enquanto analisava pilhas e mais pilhas de papéis com anotações sobre pacientes que acompanhou em sessões terapêuticas com LSD - antes da proibição - Stan percebeu que muitos mudavam o ritmo respiratório espontaneamente. Notou ainda que das muitas tradições que utilizam plantas de poder, a música tem papel central. E assim começou a desenvolver a técnica que hoje está estabelecida e é praticada em tantos países.

Os participantes permanecem a maior parte do tempo deitados em um colchão ou colchonete, escutando músicas instrumentais de diversos tipos, tradições, estilos e épocas, preferencialmente com venda nos olhos. Tudo para facilitar processos introspectivos e evitar distrações com o mundo exterior. Cada sessão dura cerca de três horas, e enquanto alguns participantes fazem a Respiração Holotrópica, os demais acompanham, discretamente auxiliando com pequenas necessidades que possam surgir, como ir ao banheiro, assoar o nariz ou mesmo pedir uma mão amiga.

Enquanto isso, profissionais devidamente certificados pelo Grof Transpersonal Training (GTT) supervisionam todo o grupo, facilitando a sessão para cada participante e os apoiando em qualquer necessidade durante toda a duração do workshop. As sessões de Respiração propriamente dita são seguidas de arte terapia (um período de 30 a 60 minutos nos quais os participantes desenham mandalas plasmando assim sua experiência de modo não-verbal) e por fim realiza-se uma roda de compartilhamento das experiências, onde todos tem a oportunidade de compartilhar um pouco de suas experiências e aprendizagens num contexto de respeito, escuta ativa, sigilo e não julgamento. O compartilhamento é um momento importante, nos ajuda a consolidar pelo que passamos e nos ajuda a formar um senso de comunidade, ao tirar o foco apenas de nós mesmos e nos estimular a dar atenção e ouvido ao próximo.

Certificado pelo GTT em 2016, Eduardo ofereceu oficinas (workshops) em São Paulo e também no litoral paulista, próximo a praias paradisíacas e no meio da exuberante mata atlântica, e esporadicamente em outros locais.

Interessados em oficinas, workshops e eventos, por favor visitem holotropicabrasil.com.br